sexta-feira, 13 de junho de 2025

Ratos, morcegos e bugios: contaminações por zoonoses preocupam população de Porto Alegre

Aumenta a preocupação com doenças transmitidas por animais na capital gaúcha; autoridades intensificam ações contra leptospirose, raiva, febre amarela e leishmaniose. 

Francisco Mazzoni
Isaac Tayão
Renato Lima 
Victor Cruz
Email: jornalinformesaude125c@gmail.com
Em: 07/05/2025.


O aumento de ratos, morcegos e bugios em Porto Alegre tem elevado os riscos de zoonoses doenças que passam de animais para humanos. Para conter o avanço, a Vigilância em Saúde intensificou ações de prevenção e controle. A leptospirose, ligada à presença de ratos, é combatida com desratizações em áreas públicas, que podem ser solicitadas pelo telefone 156. A raiva, transmitida por morcegos, exige cuidado especial: esses animais, quando encontrados desorientados, são recolhidos e analisados. Se houver risco, pode ser feita  eutanásia. 

Morcegos são essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas
Imagem: istockphoto.com/br
A vacina antirrábica em animais domésticos continua sendo essencial. No caso da leishmaniose, os cães recebem coleiras repelentes gratuitas para evitar a picada do mosquito transmissor. A doença, que não tem cura, também pode atingir humanos. Já a febre amarela motivou a coleta de nove bugios neste ano sete testaram negativo para o vírus. A vacinação segue disponível nos postos de saúde. Já os principais cuidados à população, principalmente moradora de locais próximos a matas, é, para o caso da leishmaniose, não sair na rua ao amanhecer, quando o inseto flebótomo tem mais atividade, o uso de repelentes, e a colocação de telas milimétricas nas casas.

Funcionamento do departamento de saúde e performance nas divisões de base do futebol

Departamento de saúde e performance das divisões de base do futebol: acesse e entenda como o médico atua nessa estrutura

Francisco Mazzoni
Isaac Tayão
Renato Lima 
Victor Cruz
Fonte: correiobraziliense.com.br
Em: 30/05/2025.


Quando pensamos em futebol, é comum imaginarmos o espetáculo dentro dos estádios, os craques consagrados e os grandes momentos que ficam na memória dos torcedores. No entanto, antes de alcançar o topo, esses atletas passam por anos de preparação  e, nessa jornada, o Departamento de Saúde e Performance exerce um papel fundamental, principalmente nas categorias de base.

Atividades esportivas com acompanhamento dos profissionais de saúde
Imagem: capital.sp.gov.br

Esse setor é responsável por cuidar não apenas do desempenho físico, mas também da saúde integral dos jovens jogadores. A atuação vai muito além da prevenção de lesões: envolve avaliação médica, acompanhamento nutricional, suporte psicológico. É uma engrenagem essencial para garantir que cada talento possa crescer de forma saudável  e segura.

Segundo o renomado Dr. Luiz Mourão, médico do esporte, o trabalho dentro das divisões de base é altamente especializado e estruturado. A equipe do departamento costuma ser formada por médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, fisiologistas e analistas de desempenho. Em alguns clubes, até dentistas e farmacêuticos fazem parte do grupo, demonstrando o grau de cuidado com a saúde dos atletas.

O médico do esporte como coordenador: na maioria das estruturas, o médico do esporte assume o papel de coordenação do departamento. Ele é o elo entre as diferentes áreas, responsável por organizar as rotinas e orientar a conduta dos demais profissionais. Com formação multidisciplinar, esses médicos dominam áreas como cardiologia, ortopedia, endocrinologia, fisiologia do exercício e nutrologia esportiva. Essa base sólida permite que liderem o time de saúde com precisão, sempre com foco na individualização do cuidado essencial no ambiente de formação.

Prevenção de lesões: um trabalho coletivo e contínuo

A prevenção de lesões é um dos principais objetivos do Departamento de Saúde e Performance. Trata-se de uma tarefa que envolve biomecânica, preparação física, nutrição, e monitoramento fisiológico. Outro ponto importante é a nutrição esportiva. A alimentação adequada e a suplementação planejada são essenciais para o rendimento e a recuperação dos atletas, especialmente em fases de crescimento e alta demanda física. Formação para médicos que desejam atuar na área esportiva. A crescente valorização do Departamento de Saúde e Performance abre espaço para médicos interessados em unir paixão pelo esporte com atuação clínica especializada.

Nesse contexto, Dr. Mourão, oferece uma formação robusta, com base científica atualizada e abordagem interdisciplinar. O curso capacita profissionais para atuar de forma estratégica na promoção da saúde, prevenção de lesões e otimização da performance atlética.

Baixo financiamento mundial ameaça combate à tuberculose

 Em 2023, 10,8 milhões de pessoas foram infectadas pela doença

Francisco Mazzoni 
Isaac Tayão 
Renato Lima 
Victor Cruz 
Email: jornalinformesaude125c@gmail.com
Em: 12/05/2025


No Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o baixo investimento na prevenção e no tratamento da doença compromete o controle global da infecção. Em 2023, 10,8 milhões de pessoas foram infectadas e 1,25 milhão morreram por causa da tuberculose, que continua sendo a doença infecciosa mais letal do mundo, mesmo sendo prevenível e tratável. Somente nas Américas, foram registrados 342 mil casos e 35 mil mortes.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) estima que 76 mil casos ainda não foram diagnosticados ou tratados na região. Com o tema “Sim! Podemos acabar com a Tuberculose!”, a campanha deste ano reforça a importância do compromisso político e financeiro. Novas tecnologias, segundo a Opas, podem mudar o rumo da tuberculose, incluindo: radiologia digital com inteligência artificial, ferramenta capaz de aprimorar a detecção precoce em populações de maior risco; testes moleculares rápidos que permitem diagnósticos mais precisos e ágeis e tratamentos mais curtos e totalmente orais.

Sus realiza primeiras inusões com tratamento inovador para crianças com AME

Zolgensma começa a ser ofertado no SUS; meta é atender 137 crianças em dois anos.

Francisco Mazzoni
Isaac Tayão
Renato Lima
Victor Cruz
Email: jornalinformesaude125c@gmail.com
Em: 17/05/2025.


O Ministério da Saúde iniciou a aplicação do zolgensma, medicamento de altíssimo custo usado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, em duas bebês com menos de seis meses. As infusões ocorreram simultaneamente no Hospital da Criança José Alencar (DF) e no Hospital Maria Lucinda (PE), na quarta-feira (14/05). O zolgensma é a primeira terapia gênica incorporada ao SUS, com dose única e custo médio de R$ 7 milhões. 

O fornecimento foi viabilizado por um Acordo de Compartilhamento de Risco, no qual o pagamento é condicionado aos resultados obtidos com a terapia modelo inédito no Brasil. O Brasil é o sexto país a oferecer o medicamento pelo sistema público de saúde. A medicação é indicada para crianças com AME tipo 1, com até seis meses de idade e sem ventilação mecânica invasiva prolongada. As famílias devem procurar um dos 36 serviços especializados em doenças raras do SUS para solicitar a terapia. 

Atualmente, 31 unidades estão aptas a realizar a infusão. Nos estados sem centros habilitados, o SUS custeia viagem e hospedagem para o paciente e um acompanhante. A expectativa do Ministério da Saúde é atender 137 pacientes nos próximos dois anos. 

Aposentados e Pensionistas não precisam ir ao Banco para fazer Prova de Vida

Cabe ao INSS fazer a comprovação de vida por cruzamento de dados

Francisco Mazzoni
Isaac Tayão
Renato Lima
Victor Cruz
Fonte: www.gov.br 
Em: 19/03/2024


Peças de desinformação repercutem que o Governo Federal teria impedido a realização de prova de vida por meio remoto. No entanto, cabe esclarecer que o INSS desde 2023 faz cruzamento de dados para comprovar que o beneficiário está vivo. Caso aposentados e pensionistas queiram fazer o recadastramento anual podem utilizar o site ou aplicativo Meu INSS ou ainda se dirigir ao banco onde recebem o pagamento. Mas não é obrigatório. Por exemplo, os beneficiários que recebem o benefício na CAIXA, podem fazer o procedimento presencialmente em qualquer agência do banco ou por meio de um procurador devidamente cadastrado no INSS. 

As opções visam auxiliar os beneficiários que queiram fazer a comprovação de vida mesmo sem necessidade e não podem comparecer às agências bancárias por motivos de doença ou dificuldades de locomoção. A prova de vida é a comprovação de que o beneficiário do INSS ainda está vivo e pode continuar recebendo seu benefício previdenciário. Este é um procedimento importante para evitar fraudes e pagamentos indevidos e por isso deve ocorrer periodicamente. 

São utilizados para comprovação de vida: atos registrados pelo titular do benefício em bases de dados dos órgãos, entidades ou instituições, mantidos ou administrados pelos órgãos públicos federais, estaduais, municipais e privados; registros de vacinação, consultas no Sistema Único de Saúde (SUS), comprovantes de votação nas eleições, emissão de passaportes, carteira de identidade ou de motorista, entre outros.


Nova lei assegura nutrição adequada a pessoas com autismo

A expectativa é que a norma contribua para a melhoria dos protocolos de atendimento nos serviços públicos de saúde nestes casos

Francisco Mazzoni
Isaac Tayão
Renato Lima 
Victor Cruz
Email: jornalinformesaude125c@gmail.com
Em: 06/05/2025.

Público lota o plenário da Câmara Municipal durante evento
Imagem: camaraquatrobarras.pr.gov.br


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.131/2025, que garante o direito à alimentação adequada e à terapia nutricional para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A nova norma modifica a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA (Lei 12.764/2012) e representa um importante avanço na promoção da saúde integral dessa população. A lei reconhece que pessoas com autismo podem apresentar seletividade alimentar, alergias ou condições metabólicas específicas, o que torna essencial o acompanhamento profissional e um planejamento nutricional individualizado. Agora, o acesso à nutrição adequada passa a ser um direito garantido por lei.

A medida foi assinada também pela ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, e pelos ministros Simone Tebet (Planejamento) e Alexandre Padilha (Saúde). A expectativa é de que a legislação contribua para melhorar os protocolos nos serviços públicos de saúde, educação e assistência social, promovendo atendimento mais qualificado e integrado. A secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, destacou que a nova lei fortalece o cuidado multiprofissional, combate a desnutrição e outras deficiências, além de promover mais qualidade de vida para pessoas com TEA e suas famílias.

A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA já previa direitos como diagnóstico precoce, tratamento e inclusão. Com a nova lei, a nutrição se torna parte fundamental desse cuidado.

Anabolizantes comprometem fertilidade mesmo após interrupção do uso

Anabolizantes prejudicam a qualidade dos espermatozoides mesmo após anos de interrupção do uso, diminuindo a fertilidade

Francisco Mazzoni
Isaac Tayão
Renato Lima
Victor Cruz
Email: jornalinformesaude125c@gmail.com
Em: 09/05/2025

No início de 2025, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição de esteroides anabolizantes para fins estéticos, com o objetivo de combater o uso abusivo dessas substâncias e seus efeitos nocivos à saúde. De acordo com o Dr. Rodrigo Rosa, médico especialista em reprodução humana e diretor os esteroides anabolizantes afetam profundamente o funcionamento natural dos testículos. Isso ocorre porque o aumento artificial da testosterona no organismo, provocado pelo uso desses hormônios sintéticos, acaba inibindo a produção de hormônios naturais responsáveis pela maturação das células reprodutivas, como os espermatozoides. O resultado pode ser uma redução parcial ou até total da fertilidade masculina, com prejuízos que podem se prolongar por até mesmo por toda a vida. Apesar dessa medida ter contribuído para a redução do consumo, os danos causados pelo uso prolongado de anabolizantes ainda preocupam médicos e especialistas, principalmente no que diz respeito à fertilidade masculina. A medida foi adotada para conter o uso excessivo dessas substâncias, conhecidas por seus efeitos colaterais graves. Embora tenha ajudado a reduzir o consumo, médicos ainda alertam para os danos provocados pelo uso prolongado dos anabolizantes, especialmente na fertilidade masculina. 

O preço da perfomance: suplementos, agulhas e treinos
Imagem: dletaja.org 

Estudos científicos reforçam essa preocupação. Além disso, estudos científicos vêm confirmando os efeitos nocivos a longo prazo. Um artigo publicado em março de 2021 no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism acompanhou 132 homens entre 18 e 50 anos, todos praticantes de musculação. Eles foram divididos em três grupos: os que nunca utilizaram anabolizantes, os que estavam utilizando durante o estudo, e aqueles que haviam interrompido o uso há mais de três anos. Para medir a função testicular de forma mais precisa, os pesquisadores analisaram os níveis de INSL3, um peptídeo semelhante à insulina que é produzido pelas mesmas células que sintetizam a testosterona. Os resultados foram preocupantes. Tanto os usuários quanto os ex-usuários apresentaram níveis significativamente reduzidos de INSL3, em comparação com os homens que nunca usaram esteroides. Além disso, observou-se que quanto maior o tempo de uso dos anabolizantes, maior era a disfunção testicular identificada. 

Apesar dos riscos, o Dr. Rodrigo afirma que, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível recuperar parte da fertilidade. Ele recomenda mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, abandono do cigarro e moderação no consumo de álcool. Reduzir o estresse e manter relações sexuais frequentes durante o período fértil da parceira também podem aumentar as chances de concepção natural. Para casos em que a fertilidade natural não é recuperada, técnicas de reprodução assistida, como a Fertilização In Vitro (FIV), podem ser indicadas. Uma alternativa avançada é a ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), que consiste em selecionar um espermatozoide saudável e inseri-lo diretamente no óvulo, aumentando as chances de sucesso mesmo quando a qualidade espermática é muito baixa. Por fim, o especialista reforça que cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando fatores como idade, histórico de saúde do casal e tempo de uso dos esteroides. 


Pesquisa com bactérias na Amazônia pode desenvolver novos medicamentos

Levantamento estuda espécies que não podem ser criadas em laboratório

Francisco Mazzoni
Isaac Tayão
Renato Lima
Victor Cruz
Email. jornalinfomesaude125c@gmail.com
Em: 30/04/2025


Vacinar é salvar vidas. Nos últimos 50 anos, as vacinas foram responsáveis por mais de 154 milhões de vidas salvas em todo o mundo — o equivalente a 6 vidas por minuto. Graças à imunização, doenças que antes causavam epidemias e mortes em massa hoje estão sob controle ou próximas da erradicação. A Semana Mundial da Imunização 2025 tem como foco lembrar que, apesar dos grandes avanços, ainda há muito a ser feito. Milhões de crianças e adultos seguem sem acesso às vacinas essenciais, especialmente em áreas de difícil acesso ou em países em desenvolvimento.

Proteção para todas as idades:

Imunizar não é apenas uma questão de saúde individual. Quando uma pessoa é vacinada, ela protege a si mesma e ajuda a proteger toda a comunidade, impedindo a circulação de vírus e bactérias que causam doenças graves. Hoje, a vacinação vai além da infância. Pessoas de todas as idades devem estar protegidas:

Crianças: contra doenças como sarampo, poliomielite e coqueluche;

Adolescentes: contra o HPV e meningite;

Adultos e idosos: contra tétano, gripe e hepatite;

Gestantes: contra a gripe e o tétano neonatal;

Grupos especiais: como pessoas com HIV, câncer ou outras condições clínicas.

A vacinação também está avançando com novas tecnologias, como vacinas contra o vírus sincicial respiratório (VSR), malária e futuras ameaças globais.

Vacinação no Brasil: um exemplo de política pública

No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), criado em 1973, é responsável por garantir vacinas gratuitas para toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o SUS oferece 47 imunobiológicos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas. O calendário nacional inclui 19 vacinas que protegem o cidadão ao longo de toda a vida. Além disso, existem vacinas específicas para pessoas com condições especiais, aplicadas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs). O PNI também realiza campanhas de vacinação anuais, com o objetivo de alcançar alta cobertura e impedir o retorno de doenças que já estavam controladas, como o sarampo.

Por que ainda precisamos falar de vacinas?

Mesmo com todos os avanços, o mundo ainda enfrenta desafios sérios: Milhões de crianças não estão recebendo as vacinas de que precisam; Falsas informações e a hesitação vacinal estão em crescimento; O acesso ainda é desigual em muitos países e regiões. A meta da Agenda de Imunização 2030 é justamente garantir acesso equitativo, com investimento contínuo e políticas públicas fortes.

Uma breve história da vacina:

A história da vacinação começou há séculos. No século X, na China, já se usava a técnica da variolação contra a varíola. Mas foi em 1796, com o dico britânico Edward Jenner, que surgiu a primeira vacina moderna. Ele observou que pessoas que haviam tido varíola bovina (cowpox) não contraíam a varíola humana. O nome “vacina” vem justamente do latim vacca (vaca), em homenagem a essa descoberta. Desde então, a vacinação tem sido um pilar da saúde pública global. Vacinar é um ato de cuidado, e responsabilidade social. É proteger a si mesmo, sua família e sua comunidade. 

A imunização para todos é humanamente possível basta vontade política, investimento e informação de qualidade. Vacina no braço é sinônimo de qualidade vida e bem estar. Por isso, vacinar-se é essencial para todos. 

Atividade física pode ser um grande aliado para pessoas com alzheimer, entenda:

 Prática regular reduz impactos da doença no dia a dia

Francisco Mazzoni,
Isaac Tayão
Renato Lima 
Victor Cruz
Fonte: correiobraziliense.com.br
Em: 06/05/2025.


O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Estudos recentes indicam que a atividade física pode desempenhar um papel crucial na prevenção dessa condição. De acordo com o Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), aumentar a atividade física entre os 45 e 65 anos pode ajudar a prevenir o Alzheimer, enquanto a inatividade pode ser prejudicial à saúde cerebral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS)recomenda entre 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana, ou de 75 a 150 minutos de atividade intensa. Essas diretrizes são fundamentais para reduzir o risco de várias doenças, incluindo o Alzheimer. A pesquisa do ISGlobal destaca a importância de promover a atividade física na meia-idade para combater a progressão dessa doença.

Como  a atividade física afeta o desenvolvimento do alzheimer? 

O estudo conduzido pelo ISGlobal envolveu 337 participantes de meia-idade com histórico familiar de Alzheimer. Os pesquisadores utilizaram questionários de atividade física e exames de neuroimagem para avaliar os efeitos do exercício na estrutura e função cerebrais. Os participantes foram classificados em três grupos: aderentes às recomendações da OMS, não aderentes e sedentários.  Os resultados mostraram que aqueles que aumentaram sua atividade física apresentaram menor acúmulo de beta amiloide, uma proteína associada ao Alzheimer. Além disso, os participantes que não eram sedentáriosdemonstraram maior espessura cortical, uma característica importante para a memória e cuja redução é um sinal precoce de neurodegeneração.

Quais são os benefícios do aumento da atividade física?

O aumento da atividade física mostrou ser benéfico para os mecanismos cerebrais. A beta amiloide, quando acumulada, pode dificultar a comunicação neuronal, sendo um dos primeiros eventos patológicos do Alzheimer. Participantes que atingiram os níveis de atividade recomendados pela OMS tiveram menor acúmulo dessa proteína. O estudo sugere que qualquer nível de atividade física, mesmo abaixo das recomendações, pode trazer benefícios à saúde cerebral. Isso indica que incentivar o movimento, independentemente da intensidade, pode ser uma estratégia eficaz na prevenção do Alzheimer.

Por que promover a atividade física na Meia-Idade?

A pesquisadora Eider Arenaza-Urquijo, do ISGlobal, enfatiza que os resultados reforçam aimportância de promover o exercício físico na meia-idade como uma estratégia de saúde pública. Intervenções que incentivem o aumento da atividade física podem ser fundamentais para reduzir a incidência do Alzheimer no futuro.

O estudo destaca que o benefício da atividade física está mais relacionado ao aumento do exercício ao longo do tempo do que ao cumprimento de um limite específico. Assim, fomentar a atividade física pode ser uma abordagem chave para a prevenção de doenças. Como fazer: Em suma, a atividade física desempenha um papel essencial na prevenção do Alzheimer.

Promover o exercício regular, especialmente na meia-idade, pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento da doença. As descobertas do ISGlobal sublinham a necessidade de políticas públicas que incentivem estilos de vida ativos para melhorar a saúde cerebral e prevenir doenças.

Diante disso, fica claro que incentivar hábitos ativos na meia-idade pode ser uma das estratégias mais eficazes para prevenir o Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas, contribuindo para um envelhecimento mais saudável e com melhor qualidade de vida.

Idosos praticam atividades físicas
Imagem: clinicariviera.com.br








A imunização para todos é humanamente possível: 24 a 30/4 – Semana Mundial da Imunização 2025

Vacinação é um direito de todos e um dever coletivo para um futuro mais saudável e equitativo


Francisco Mazzoni
Isaac Tayão
Renato Lima
Victor Cruz
Email: jornalinformesaude125c@gmail.com
Em: 10/05/2025.


Cidadão realiza vacinação no posto de saúde
Imagem: hrw.org
 
A vacinação é considerada uma das maiores conquistas da saúde pública mundial. Nos últimos 50 anos, vacinas salvaram pelo menos 154 milhões de vidas — o equivalente a seis vidas por minuto. Apenas a vacina contra o sarampo representa 60% dessas vidas salvas, reforçando o papel vital da imunização na redução da mortalidade infantil, que teve 40% de sua melhora atribuída à vacinação. Apesar dos avanços, milhões de crianças ainda não receberam sequer uma dose de vacina. A imunização do futuro busca alcançar esses públicos e proteger outras faixas etárias, como idosos contra a gripe, gestantes contra o tétano, e meninas contra o HPV. O momento atual é decisivo para a saúde global: conquistas históricas, como a erradicação da varíola e o controle da poliomielite, estão em risco diante de retrocessos e baixas coberturas vacinais em várias regiões. A Semana Mundial da Imunização 2025, com o tema “A imunização para todos é humanamente possível”, destaca a necessidade de manter o compromisso global com a imunização. 

A campanha ocorre no ponto médio da Agenda de Imunização 2030, reforçando metas de ampliar o acesso às vacinas e desenvolver novos imunizantes para combater uma variedade ainda maior de doenças ao longo da vida. No Brasil, a responsabilidade pela vacinação é do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, criado em 1973. O PNI disponibiliza gratuitamente 47 imunobiológicos por meio do SUS, incluindo 30 vacinas, 13 soros e 4 imunoglobulinas. Além das vacinas de rotina, há vacinas específicas para grupos com condições clínicas especiais, como pessoas com HIV ou pacientes oncológicos, atendidas pelos CRIEs (Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais). O calendário nacional contempla 19 vacinas, protegendo desde o nascimento até a terceira idade.

A história da vacinação remonta à China do século X, com a prática da variolação. O termo “vacina” deriva da palavra latina vacca, em referência ao experimento com o vírus bovino.

Vacinas salvam vidas, controlam surtos, e fortalecem os sistemas de saúde. Para sustentar os avanços conquistados, é fundamental que governos e sociedades priorizem o investimento da imunização.